segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Não me acordem desse sonho

Tricolíderes!

O dia de ontem foi INESQUECÍVEL!

Por diferentes motivos tivemos a quase certeza de que todos: nós, jogadores, comissão técnica e Deuses do Futebol querem e merecem o título brasileiro de 2010.

Fui assistir in loco ao dia que poderia ser de tristeza absoluta ou alegria imensa. Quis a História, que 21 de Novembro de 2010 fosse o início do SONHO! É verdade que começamos a sonhar desde a Campanha do Impossível, ano passado. Mas, agora, é chegada a hora! Nos aproximamos daquele clímax!

Em Barueri o clima estava maravilhoso. Tricolores se espalhavam pelas ruas. Em certo momento pudemos ouvir de alguns "locais" - "Orra meu, parece jogo na casa do Fluminense". Amigos se reconheceram, outros foram apresentados e a festa estava pronta para começar.

Bola rolando e a angústia era duplicada. Em certos momentos, não sabíamos se víamos o jogo ou ouvíamos a rádio paulista para secar o Corinthians. O Fluminense entrou com ímpeto. Diguinho, Mariano e Conca eram os melhores. Nós, nervosíssimos. Nosso ponto fraco era Carlinhos. Pelo lado dele o sonolento São Paulo conseguiu chegar algumas vezes.

Os gols foram saindo e em nenhum momento sentimos que o jogo estava ameaçado. Deco fez bons passes e lançamentos no segundo tempo, quando a equipe do São Paulo já estava desfalcada pelas expulsões. Nesse momento, o luso-brasileiro sofre muito com o aspecto físico. Se ele quiser ser um atleta novamente será MUITO IMPORTANTE na campanha da Libertadores de 2011!

Após a consolidada vitória sobre os são-paulinos só tínhamos ouvidos para o jogo de Salvador. Em que pese os dois lances em que o Vitória foi prejudicado (impedimento mal marcado em cima de Junior "Diabo Loiro" e pênalti à La Ronaldo em cima de Adailton), o resultado mínimo que precisávamos aconteceu! EMPATE SANTO! LIDERANÇA ASSEGURADA!

O titulo está nas mãos e pés desses atletas que saíram do lixo ao luxo! Precisamos jogar duas finais, com a faca nos dentes, com sede, com fome!

MERECEMOS! PELO BEM DO FUTEBOL, PELOS NOSSOS CORAÇÕES, PELO AMOR IMORTAL AO MAIOR CLUBE DE FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS!

Sem medo de ser feliz!

Saudações Tricolores!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A estrela de Muricy

Na reta decisiva do Campeonato Brasileiro de 2010 fomos premiados com algo que não viamos fazia um bom tempo: uma vitória sobre nosso rival bacalhau da cruz de malta. E que vitória!!! Não bastasse toda a carga emocional de um clássico que não venciamos há 2 anos, o bônus de ser uma partida onde triunfar era a única alternativa.

Nós, tricolores, estamos amargurados, temerosos de que o time repita, em 2010, a mesma reta final de outra equipe comandada por Muricy Ramalho - o Palmeiras de 2009. Ouso dizer que isso não mais acontecerá. A vitória tricolor decretou, de uma só vez, duas sentenças: não seremos mais o Palmeiras do ano passado, tampouco o Botafogo será o Flamengo versão 2010.

No atual campeonato, brilha novamente a estrela de Muricy. Porque quando não esperávamos mais conseguir um título tendo um goleiro ao menos regular, eis que surge Ricardo Berna. Observado e escalado pelo nosso técnico. E que hoje foi calmo e objetivo em todas as suas intervenções. Além, é claro, de ter contado com uma INQUESTIONÁVEL ajuda da sorte.

Esta mesma que, aparentemente, havia abandonado nossos goleiros. A bola na trave, chutada pelo atacante vascaíno, foi deliciosamente defendida com o olhar de Berna, Gravatinha, milhares de tricolores in loco e outros milhões Brasil afora. No último lance do jogo, Berna, corajosamente, saiu com todo o ímpeto de sua boa fase, dividiu a bola no ar com o atacante Nunes e impediu o que poderia ser a cabeçada fatal.

Estrela de Muricy que brilhou ao retirar do limbo o atacante Tartá. O controverso jogador, revelado nas divisões de base do clube, já havia nos salvado ao cavar um penalti na partida contra o Atlético Paranaense. Hoje, aos 3 santos minutos de jogo, após uma boa jogada de Washington que culminou num chute espalmado por Fernando Prass, Tartá deu um carrinho para a glória. Com tão pouco tempo o placar estava definido. Apenas esqueceram de avisar isso aos nossos corações. Hoje Gravatinha deu plantão no gramado do Engenhão. Ninguém mais poderia vencer a não ser o Fluminense.

Brilha intensamente a estrela de Muricy ao transformar em pegada e raça todo o ardor dos treinamentos e intermináveis repetições. Em campo, a personificação do suor e trabalho que estão estampados na cara do treinador tricolor estiveram presentes na figura do colombiano Valencia. De longe, sua melhor partida pelo nosso amado clube. Cada vez que a divida era com ele eu já me antecipava para ver quem estaria em condições de receber a bola, pois tinha certeza de que ela voltaria para nosso domínio. Incansável!

O Fluminense reafirmou sua condição de líder por mais um semana. Agora é também o clube que ostenta a melhor defesa da competição (já são três jogos seguidos sem sofrer gols). Hoje, o rosto do técnico e dos seus seguidores se confundem. O Fluminense joga sob a batuta do tri-campeão brasileiro. O time está nas suas mãos. Nossos corações também!

Seguimos firmes. O horizonte já aponta um painel em três cores!
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A expectativa continua: será domingo que vem a primeira vez que Muricy conseguirá usar seu quarteto de craques? Ao menos Fred voltará?
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Para se preocupar: Conca está com dois cartões amarelos. Deve ser feito um trabalho com o Argentino para que ele não faça faltas bobas, tampouco se irrite com as faltas que sofrer. Sem Conca não dá!
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Domingo que vem não pode sobrar ingresso!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Empate de Campeão


‘Ficou de bom tamanho’, com a curta frase Muricy Ramalho, o mister Campeonato Brasileiro, definiu o resultado do jogo de ontem entre Fluminense e Internacional de Porto Alegre.

Se podemos nos lamentar de uma coisa foi o fato de termos pego um dos melhores times do país, ainda acreditando no título. Situação que os próximos adversários do Inter não terão pela frente. Para a equipe de Celso Roth parece que o campeonato deste ano foi pro brejo. Continuam na longa fila esperando pelo título. Fila encabeçada pelo Atletico-MG.

Se podemos nos alegrar, e podemos, dou vários motivos. O primeiro deles é a confirmação do bom momento vivido por Ricardo Berna. Desde o jogo de reestréia, contra o Botafogo, que o goleiro tricolor mostra segurança e determinação em cada lance. Berna não é um gênio debaixo das traves, mas vem jogando com uma concentração rara no meio futebolístico (composto, em sua maioria, por jogadores talentosos e displicentes). Ontem contou com a sorte em alguns lances e com muito reflexo e bom posicionamento (fruto de muita concentração) em outros dois: um tiro à queima roupa desferido por Alecsandro e uma falta cobrada por Andrézinho. Sim, tricolores! Um goleiro nosso defendeu uma falta bem batida em 2010!

Berna está tão inspirado que foi responsável por mais um momento antológico da noite: ao ser perguntado pelo repórter Victorino Chermont, do canal Sportv, se estava atormentado com o fato do Fluminense buscar um goleiro para o próximo ano ele se saiu com a seguinte resposta: "Vai ajudar o Fluminense a ser campeão? Então não me interessa". Para uma pergunta sem propósito, logo após uma exibição de gala, veio uma resposta, no mínimo, super inteligente.

O segundo ponto positivo vai para a nossa defesa. Se no jogo contra o Santos vaticinamos que o miolo de zaga tricolor estava em decadência podemos, agora, dizer que a curva reverteu. Desde aquela partida, contra o clube da praia de areia escura, tomamos apenas 3 gols. Foram 5 jogos e 3 gols sofridos. A retomada da firmeza do nosso sistema defensivo mostra que o Muricy de 2010 não é igual ao do ano passado. Naquela época, a zaga do Palmeiras (então time do nosso novo Telê) estava em franca decadência, tendo tomado, inclusive, três gols de um Sport Recife já rebaixado. Com as últimas atuações retomamos o título de Melhor Defesa da competição até aqui. Juntamente com Palmeiras e Ceará. Foram 33 gols sofridos em 33 jogos. Os números são o reflexo do que ocorre em campo e o quê vimos nos jogos contra o Alt-Pr, Grêmio e Inter foi uma equipe aplicadíssima taticamente. A pegada, definitivamente, voltou!

Outro ponto super positivo: pela segunda vez no campeonato empatamos, e com este empate assumimos a liderança isolada. São resultados assim que fazem qualquer tricolor, por mais agnóstico, cético ou pragmático que seja acreditar no título. Empatar e assumir a liderança é sinal de boa tabela, frieza e maturidade. É óbvio que o time mediu cada ataque e cada situação no jogo de hoje. Eles sabiam aquilo que estavam fazendo. Jogar para empatar é completamente diferente de jogar com o regulamento debaixo do braço. O empate foi milimétricamente calculado. E é com esse cálculo que chego ao último ponto.

O homem da calculadora esse ano se chama Muricy Ramalho. Não é matemático (graças a Deus), carrega consigo a bagagem de campanhas memoráveis e o aprendizado de derrotas doloridas (como foi a reta de chegada com o Palmeiras, ano passado). Quando Muricy foi contratado e estávamos claudicantes no início do ano, vi um amigo escrever: "toda noite penso em mil coisas para fazer o Fluminense campeão, mas agora lembro que o Muricy está lá, sabe mais do que eu e então relaxo".

O empate de hoje não foi uma perda de dois pontos. Foi a conquista de um.

Tricolíderes, combinem comigo: todos ao Engenhão! Fechado?


Obs: Para quem quiser saber mais sobre o atual dono da camisa 1 tricolor aqui vai o site oficial: http://www.ricardoberna.com.br

Obs 2: para aqueles que quiserem me adicionem no Twitter (@rejamus).


Crédito da foto: Lancenet


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