segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Volta da Equação Perfeita: 9 + 7 + Conca = Vitória

É meio complicado encontrar inspiração em dia que o Flu não encontra o melhor futebol. Mas, vamos lá, ossos do ofício.

Tudo fervendo em Macaé. Bola, campo, jogadores, juíz e torcedores. Jogar futebol profissional, cinco da tarde (que na verdade são quatro) é qualquer coisa de surreal. Contrariando o esperado, o Flu começou em cima. Pressionando, roubando bolas (foram seis até a Cabofriense conseguir roubar a primeira). Depois de uma cobrança de falta pelo 7 Souza, em jogada lindamente ensaiada e bem executada, Fred pegou de primeira, chute seco, no canto esquerdo do goleiro praiano.

Explicavelmente o Fluminense freiou. Como vem freiando em todos os jogos quando sai na frente. Só que o freio de hoje não foi sustentado pela nossa zaga. Num falha de marcação do zagueiro André Luís, Capixaba entrou pela grande área, matou bonito e chutou na saída de Cavalieri (que antes já havia feito uma defesa difícil num chute do atacante adversário). Era o empate que iria fazer o time, obrigatoriamente, sair para o jogo.O primeiro tempo acabou assim. 1 a 1. Abrirei um parênteses.

(Estamos exigentes demais. Terminar o primeiro tempo empatado com a Cabofriense é motivo para quase tentativas de assassinato. O torcedor tricolor tem que manter os pés no chão e entender que existem jogos e jogos. Porém, urge a contratação de um bom zagueiro ou a recuperação em definitivo do Digão. Quando Gum não joga ficamos à mercê do enlouquecido André Luís).

Pois bem, bola que rola no segundo tempo. Melhor notícia do ano: a volta do Pequeno Notável Darío Conca. Em forma. Correndo. Tocando. Calcanhar aqui, divididas ali, tentativas de chute, fazendo a bola correr de lá pra cá. Perfeito! Já pode começar jogando quinta-feira que vem.

Lá pelos 15 minutos do segundo tempo, Souza fez um penalti infantil em Diego Sales (destaque do time de Cabo Frio). O próprio Diego cobrou e fez. Sinal vermelho. Era hora de mudar a postura. E o time mudou. Rapidamente reverteu o placar. Primeiro num escanteio muito bem batido por Souza (ele de novo). Bola na cabeça de André Luís, lindo gol, que não o redime das diversas desanteções durante a partida. Ato contínuo, Muricy tirou Souza e colocou Willians (que pela segunda vez entra e joga bem). O ressuscitado fez boa jogada pela direita e cruzou. No meio da grande área estava o 9 a esperar pela bola. Numa batida inapelável, quase que com um leve ar de arrogância, Fred coloca a pelota no fundo da rede. Atilheiro do campeoanto. Virada sacramentada. Ainda houve tempo para mais um gol. Jogada de Carlinhos e Marquinho pela esquerda, cruzamento e na pequena área Willians, o ressuscitado, toca para o fundo do gol. 4 a 2. O jogo pegado foi importante para o time correr mais. Diria que foi um treino super de luxo.

E assim seguimos nesse campeonato carioca em que a única diversão de verdade tem sido "zoar" os vascaínos. Fora isso...é treino.

A comemorar: nosso 9 - cada vez melhor, o 7 - cada vez mais entrosado e o retorno do 11 mais amado do Brasil!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dois Laterais, Uma “Estréia”, Os Calcanhares e o Meio Gol do 9.

Em 2011 continuamos 100%. Ver uma partida do time Tricampeão Brasileiro logo após um jogo do quadro vascaíno chega a ser tortura para a torcida dos cruz-maltinos. Se algum torcedor do time da colina permaneceu no Engenhão, no fim da tarde do dia 27 de Janeiro, deve ter ficado mais deprimido do que a derrota de sua equipe para o Boavista poderia deixar.

O abismo que separa as duas equipes é enorme. Maior ainda é o que separa a equipe tricolor do time macaense. O tricolor brasileiro deve ter passado a quinta marcha em míseros 30 minutos durante toda a partida. Esse tempo foi mais do que suficiente para a construção de mais uma vitória.

Lembro-me de ter escrito na primeira partida do ano que nossos laterais haviam rateado durante o jogo. Pois bem, senhores, hoje, Carlinhos e Mariano carregaram a equipes nos pés. As arrancadas do primeiro durante a primeira metade de jogo garantiram bons lances de ataque, desafogo para a defesa e principalemente o primeiro gol da equipe. A jogada protagonizada por Carlinhos já vem com marca registrada. Toque em velocidade para a esquerda, cortada para o meio, posicionamento do corpo e bomba de direita. Vi, in loco, dois gols exatamente iguais no Brasileiro 2010 (contra Atlético Mineiro e Palmeiras). Aliás, essa característica ofensiva do lateral esquerdo tricolor é um diferencial dentre os profissionais que desempenham a mesma função que ele pelas bandas de cá.

O melhor lateral direito do Brasil parece que entrou em forma já no terceiro jogo da temporada. Impressionante as arrancadas do Mariano. Aos 37 do segundo tempo ele correu todo o gramado do Engenhão como se estivesse nos 100 metros rasos que serão ali corridos em 2016. Folego de Guepardo. Falta ao nobre lateral tricolor o mesmo poder de conclusão que sobra em seu par canhoto.

A certeza é apenas uma: temos a melhor dupla de laterais do país.

O estreante do dia não foi Edinho, tampouco Diego Cavalieri (visivelmente fora de ritmo que falhou no gol do Macaé). O nome dele é Souza. Sim, porque o jogo passado, quando foi expulso com pouco mais de 30 minutos de partida, não conta. Hoje, Souza confirmou as apostas de todos que acompanharam a pré-temproada do Fluminense. Chegou para ser titular e jogar muito. Deu passes, desarmou, correu por todos os lados do campo e fez dois gols. Um, em uma jogada de oportunismo, após linda assistência de Carlinhos. O outro numa cobrança de falta pra lá de bem batida. Excelente aquisição tricolor para 2011.

E os calcanhares? Os do Fred, é claro. Foram mais três ou quatro toques desconcertantes que insistem em deixar seus companheiros na cara do gol. São os calcanhares do Fred versão 2011! O artilheiro está jogando muito! O que é um penalti perdido diante da linda jogada que ele construiu aos 27 minutos do primeiro tempo? Cruzamento do Mariano, Fred na bica da pequena área. Mata no peito e, ato contínuo, solta uma bicicleta na pelota, que lindamente explode na trave. Nunca um “uhllll” foi tão uníssono no Engenhão. Merecia entrar. Pra mim, é como se a jogada por si só valesse meio gol. Assim, o placar final ideal para o jogo de hoje seria Flu 3 e ½ Macaé 1.

Não pensem em saldo de gols. Temos mais time que todos os outros. É visível que a equipe joga com o freio de mão puxado a maior parte do tempo. E tem que ser assim. Temos um objetivo em 2011. E ele é LIBERTADOR!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quando 9 mais 10 é igual a GOLEADA

A segunda partida do nosso tricolor tem alguns pontos dignos de nota. O primeiro deles é um alento para todos nós. Nossa maior esperança de gols na temporada parece que vai engrenar. Fred jogou uma partida exuberante. A simplicidade com que o camisa 9 desfilou em campo nos fez lembrar aqueles craques que não se fazem mais no futebol. Poucos toques, sempre objetivos. O primeiro deles, um calcanhar primoroso para que Marquinho fizesse seu primeiro gol no jogo. Nosso artilheiro capitão ainda daria mais dois passes de calcanhar, um para Carlinhos e outro para Rodriguinho, porém ambos não foram felizes nas conclusões.

Mas, dar assistências não é o ofício de um atacante. Na arte de fazer gols nosso 9 também é mestre. O primeiro gol, num passe lindo do luso-brasileiro Deco (que saiu aos 30 minutos com dores na coxa direita), foi concluído num chute seco, ao lado esquerdo do arqueiro adversário. O segundo foi finalizado com uma bela cabeçada (outro talento da fera tricolor). Abra-se aspas para o cruzamento do lateral Mariano: “sensacional”. Aliás, Mariano e Carlinhos jogaram melhor do que na primeira partida. Sinais de evolução devem sempre ser enaltecidos em início de temporada. Basta, ao craque número 9, entender e sentir o momento: ele é fundamental para os projetos tricolores e para a felicidade na nação pó-de-arroz.

O outro número da nossa pequena continha se soma ao 9 e já aparece como um dos destaques deste início de temporada. Tartá é o menino de 21 anos que envergou, hoje, a Dez tricolor. Partidão. Ele não é aquele meia clássico de toque refinado, mas compensa com muita velocidade e dribles e faz andar o meio campo do Fluminense. Hoje, vimos nosso serelepe careca marcando, atacando, driblando, dando assistências para gol, como aquela que colocou Rodriguinho na cara do Gol e decretou o quarto quinto gol tricolor (minutos antes o Rodrigo “exterminador de urubus” havia marcado de cabeça após a cobrança de um escanteio) e cavando faltas perto da área (uma delas originou o último gol da romântica goleada, numa cobrança de falta cobrada com precisão ímpar pelo esforçado Marquinho). Tartá dificilmente será titular da equipe quando o filé mignon estiver pronto para ser comido, mas é uma excelente opção para o elenco. Manter o garoto motivado é uma das tarefas do nosso treinador multi campeão.

Nota de preocupação para nossa zaga. O miolo e as laterais. O primeiro gol do Olaria teve lá seus méritos, mas todo o sistema defensivo observou a jogada como se estivesse vendo um filme de três horas no cinema: sonolência pura. O pênalti duvidoso “cometido” pelo atabalhoado Valencia também indicou uma falha no posicionamento. O que fazia Valencia, sozinho, marcando quase dentro da pequena área? Onde estariam L.Euzebio e Carlinhos? Coloco essas falhas na conta do início de temporada. A falta de ritmo sempre fica mas latente em quem tem menos talento. É o caso do nosso miolo de zaga.

A pré-temporada chamada Campeonato Carioca continua. Oito mil abnegados guerreiros, imbuídos de muito amor, enfrentaram o calor desértico que fez no Rio de Janeiro nesta tarde de domingo e marcharam até o Engenho de Dentro para empurrar, cobrar e gritar gol seis prazerosas vezes. O calcanhar de Dom Fredom valeu o ingresso. A torcida permanece sendo fundamental e Muricy nos deixa a certeza que o time caminha certinho rumo ao triunfo LIBERTADOR!


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Antes de cornetar, pense!

Que saudade! De norte a sul do país era este o sentimento que tomava conta de cada tricolor minutos antes do apito inicial na partida de estreia no Campeonato Carioca, contra o Bangu.

Saudade dos nossos ídolos tricampeões, do nosso técnico docemente mau-humorado, dos amigos que dividem conosco cada canto na arquibancada. Saudade do gol!

Mas, estamos em início de temporada. E, realmente, é tudo diferente. A começar pelo campeonato. Somos os donos do Brasil e só de pensar que temos que encarar Bangus, Madureiras, Caxias, Macaés, Resendes, Vascos e Botafogos (ehehehehe) dá um desânimo. Com todo respeito a esses "grandes" clubes cariocas.

Então, é admirável que nossos bravos tricampeões do campo e das arquibancadas encontrem motivação pela disputa. Além disso, logo ali em Fevereiro começa aquela que vamos amarrar no laço esse ano, a Libertadores!

Somado a isso tudo temos o inefável argumento do início de temporada. E é isso mesmo. Já fui atleta. E sempre que recomeçávamos os treinamentos recebiamos uma grande quantidade de circuitos. Depois tinha treino com bola. Era impressionante. Sentiamos cada perna com uns 30 kg. Era um time inteiro de Roberto Carlos.

Pois bem, diante de tudo isso se a sua corneta permaneceu fazendo "fómmmmmm" temo, seriamente, pela sua sanidade durante 2011. A Libertadores será muito difícil e nossa equipe vitoriosa precisará mais do que nunca do nosso canto.

No jogo desta quinta-feira vimos um Fred em melhores condições do que em todo ano passado. Nossos laterais reservas entraram no segundo tempo e melhoraram o time, o que mostra a força do elenco (os corneteiros dirão que é má escalação), Souza vinha bem, até cometer uma insanidade seguida de outra e ser justamente expulso pelo soprador de apito, Deco ainda não chegou do exterior, Berna continua em ótima forma, o que já é um senhor alento: ano passado não tinhamos goleiro, hoje temos dois disputando posição e, pasmem, nivelados por cima. Diguinho errou alguns passes, mas deu o ritmo no meio de campo e Tartá, entre erros e acertos, fez a jogada do gol (a cabeçada de Fred, diga-se de passagem, foi de craque). O time correu o suficiente. E a equipe banguense parece que fará um campeonato digno. Está de bom tamanho pro time de coração do presidente da FERJ.

Bem, pessoal, apertem os cintos porque o ano promete. E o final agora todo mundo conhece: é faixa no peito e taça na mão! Com dilúvio ou sem dilúvio!

Vem que vem 2000 e Conca (saudadesssss)!

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